quinta-feira, 21 de março de 2013

domingo, 17 de março de 2013

Vestígios do passado - Luzia

Vestígios do passado - Luzia

O arqueólogo e antropólogo Walter Neves, batizou de Luzia o crânio encontrado em meados da década de 1970 na região de Minas Gerais. Esse é o crânio mais antigo das Américas, foi datado entre 11.400 a 16.000 anos atrás.
Após um longo trabalho, foi possível reconstituir o que seria a possível face de Luzia.
 O crânio de Luzia que foi exposto no Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, foi submetido a uma tomografia por uma equipe de pesquisadores ingleses. Com o uso de computadores o crânio foi "copiado" em material sintético. O novo crânio foi levado para Manchester, onde Richard Neave refez com argila a face de Luzia.

O resultado foi uma fisionomia com traços negróides. Luzia tinha olhos arredondados, nariz largo e queixo bastante proeminente. Detalhes como lábios e orelhas foram concebidos por aproximação com os tipos negróides atuais (africanos e aborígines australianos).

O crânio de Luzia dá bases para a teoria de povoamento das Américas de Walter Neves. De acordo com ele, a América teve duas ondas de povoamento, a primeira do povo de Luzia que não deixou descendentes. Já a segunda leva de migrantes foram de povos vindos da Ásia o que originou os povos indígenas.
Veja o artigo na revista da Fapesp: Walter Neves: o pai de Luzia

Assista ao vídeo:

Pedro Leopoldo: o berço de Luzia (parte 1)
Pedro Leopoldo: o berço de Luzia (parte 2)

Relato Oral

RELATO ORAL

Os relatos orais, ou fontes orais, são importantes documentos históricos criados a partir do depoimento das pessoas. Esses relatos podem abordar diferentes assuntos da vida pessoal ou pública. Por exemplo, o Museu da Pessoa, que é um museu virtual conserva e estimula que várias pessoas, de diferentes lugares, idades, ocupações, façam relatos sobre suas vidas. Para conhecer, clique aqui.

sábado, 16 de março de 2013

Documento escrito


Os historiadores utilizam, dentre outros, documentos escritos para conhecerem e escreverem sobre o passado.
Esses documentos podem ser documentos oficiais (do Governo), como a Carta de Caminha escrita em 1500. Nessa carta o escrivão Pero Vaz de Caminha narra o encontro entre os portugueses e os índios no Brasil.



Manuscrito O Guardador de Rebanhos
Publicado em Palavras Rabiscadas




Outro tipo de documento escrito podem ser manuscritos diversos, tal como a cópia da página do caderno manuscrito de "O Guardador de Rebanhos" (Fernando Pessoa), conservado na Biblioteca Nacional. 
 
Carta de Afonso Labatte
 Arquivo do Estado de SP
Imigração em São Paulo








 Cartas também são documentos escritos, como podemos ver na imagem. Para escrever a história dos imigrantes, os historiadores podem usar os documentos que estão no Arquivo Público do Estado de SP.
Página 3 - Lista de moradores
de Campinas, 1779
Arquivo do Estado de SP
"Viver em São Paulo"

Também são documentos escritos os registros diversos feitos pelas administrações de cidades. Na imagem vemos uma página da Lista Geral dos moradores da Nova Freguesia de Nossa Senhora da Conceição das Campinas, registro de moradores da cidade de Campinas, do ano de 1779.










domingo, 3 de março de 2013

Períodos Históricos - Idade Média

PERÍODOS HISTÓRICOS - IDADE MÉDIA



Como já vimos, o estudo do passado é dividido em grandes épocas (períodos) para facilitar a compreensão. A partir de agora vamos estudar o que chamamos de "Idade Média". Esse período é bastante longo, como é possível ver na imagem acima: vai aproximadamente do século V ao XV, ou seja, são dez séculos.
O início e fim da Idade Média são controversos, de acordo com o historiador Jacques Le Goff. Há pelo menos três datas para o início:

  • Ano 330 – reconhecimento da liberdade de culto dos cristãos.
  • Ano 392 – oficialização do cristianismo 
  • Ano 476 - deposição do ultimo imperador romano 
E três datas para o seu fim:

  • Ano 1453 – queda de Constantinopla 
  • Ano 1492 – descoberta da América 
  • Ano 1517 – Início da Reforma Protestante
Ou seja, não é possível marcar "exatamente" seu início e seu fim. Melhor seria marcar "períodos de mudanças" de uma época para outra.
E quais são as características principais da Idade Média? Isso gera muitos debates entre os historiadores. Alguns dizem que foi "idade das trevas" e que pouca coisa importante aconteceu. Mais recentemente outros historiadores mostram como foi um período muito surpreendente e instigante. E, para compreendê-la melhor, foi proposto uma sub divisão:

Na escola não temos tempo e espaço para aprofundar nesse período. Mas, fora da escola há muitos materiais, filmes, documentários que podem indicar alguns caminhos. 

Veja este documentário exibido no canal History sobre "A vida medieval"

sábado, 2 de março de 2013

Antigo Regime

ANTIGO REGIME

Rei Sol de Hyacinthe Rigaud (1659-1743) 
No estudo do passado vamos nos deparar com muitos "nomes" que se referem tanto a períodos históricos, como a tipos de pensamentos, grupos de pessoas, etc... É como se tudo precisasse de um "apelido" que explicasse o que aconteceu. Às vezes concordamos com o apelido, e às vezes esse apelido se torna "ultrapassado". Isso vai depender de quem estiver colocando, ou observando o apelido.

Bom, "Antigo Regime" é um desses apelidos que descreve um conjunto de características de uma época. Quem deu esse nome quis enfatizar que este "regime" já era "antigo". Regime é uma palavra que, nesse caso, se refere a um governo. Assim, antigo regime seria um tipo de governo já antigo. O "Antigo Regime" refere-se ao período em que a França, e outros países da Europa, eram governados por reis absolutistas (Absolutismo), a sociedade era rigidamente dividida (Estamental) e a economia adotava práticas centralizadoras (Mercantilismo)

A imagem do Rei Sol representa o rei absolutista da França, Luis XIV.
Barras de ouro
imagem de Info Escola

O Mercantilismo tinha as seguintes práticas:
  • METALISMO:  O ouro e a prata eram as riquezas mais importantes que faziam a riqueza dos Estados. Esses governos buscavam cada vez mais ouro e prata, a qualquer custo.
  • BALANÇA COMERCIAL FAVORÁVEL: O Estado deveria exportar (vender) mais do que importar (comprar), com isso mantinha o valor da balança comercial positivo. Ou seja, entrava mais dinheiro do que saía.
  • INCENTIVO A NOVAS ATIVIDADES ECONÔMICAS: Para aumentar as riquezas do país os governos incentivavam novas atividades econômicas. Mas, se todo mundo só quer vender e ninguém quer comprar, o que fazer? Portugal e Espanha, por exemplo, buscaram novos produtos em novas terras.

"O mercantilismo criou as condições necessárias para a ascensão da burguesia como classe dominante e o surgimento de uma sociedade econômica fundada em bases mais sólidas, o que permitiu a expansão e consolidação do capitalismo. Foi graças também ao mercantilismo, com suas teses protecionistas e possibilidade crescente de suprimentos, que se criaram, efetivamente, as condições para a eclosão da Revolução Industrial. É oportuno assinalar que, embora o mercantilismo tenha insistido na comercialização como base de toda a sua política, acabou, na prática, atuando exatamente ao contrário, pela forte intervenção da Coroa nos negócios. Daí que, em contrapartida, podemos definir mercantilismo como a intervenção do governo nos negócios para garantir a riqueza e o poder da Coroa. Na Inglaterra (...) sua adoção orientou o estabelecimento das colônias, a concessão de privilégios e monopólios a companhias comerciais, além do rígido controle, pelo estado, de praticamente todas as atividades econômicas." (Fonte: IANNONE, R. A Revolução Industrial. São Paulo: Moderna, 1992. p. 40.)


sexta-feira, 1 de março de 2013

Conferência de Berlim

CONFERÊNCIA DE BERLIM

Entre 1884 e 1885, na cidade alemã Berlim, reuniram-se líderes de países europeus interessados em discutir e distribuir pedaços do continente africano. Esse evento, que durou alguns meses, ficou conhecido como Conferência de Berlim. (Veja aqui a Ata Geral da Conferência de Berlim) Essa conferência foi uma tentativa de resolver as reivindicações dos países europeus pela  Partilha da África.
Conferencia de Berlim, 1884
citada em Wikimedia Commons
Mapa francês da África (1898)
Citado em Wikimedia Common
Essa grande reunião influenciou o destino de milhares e milhares de pessoas que viviam no continente africano. Os povos que ali viviam passaram a ter seus territórios definidos por estrangeiros. Na lateral direita é representada essa reunião numa charge de 1884. 

Acima vemos um mapa francês no qual o território africano aparece dividido e repartido entre os países europeus.



SUA VEZ

Abaixo vemos dois mapas da África. O primeiro mostra os diferentes países africanos. Essa divisão foi consequência da presença dos povos estrangeiros, como vimos acima. O segundo mapa representa os territórios ocupados pelos diferentes povos que vivem na África. 
Observe os mapas e responda.
1. Qual é a diferença entre os dois mapas?
2. Em vários países africanos convivem diferentes povos. Você acha que isso pode gerar problemas sociais? Explique.
3. Você acha que deveria haver outra divisão política da África? Por quê?

Mapa produzido por Redefor - Unicamp