ANTIGO REGIME
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Rei Sol de Hyacinthe Rigaud (1659-1743) |
No estudo do passado vamos nos deparar com muitos "nomes" que se referem tanto a períodos históricos, como a tipos de pensamentos, grupos de pessoas, etc... É como se tudo precisasse de um "apelido" que explicasse o que aconteceu. Às vezes concordamos com o apelido, e às vezes esse apelido se torna "ultrapassado". Isso vai depender de quem estiver colocando, ou observando o apelido.
Bom, "Antigo Regime" é um desses apelidos que descreve um conjunto de características de uma época. Quem deu esse nome quis enfatizar que este "regime" já era "antigo". Regime é uma palavra que, nesse caso, se refere a um governo. Assim, antigo regime seria um tipo de governo já antigo. O "Antigo Regime" refere-se ao período em que a França, e outros países da Europa, eram governados por reis absolutistas (Absolutismo), a sociedade era rigidamente dividida (Estamental) e a economia adotava práticas centralizadoras (Mercantilismo).
A imagem do Rei Sol representa o rei absolutista da França, Luis XIV.
O Mercantilismo tinha as seguintes práticas:
- METALISMO: O ouro e a prata eram as riquezas mais importantes que faziam a riqueza dos Estados. Esses governos buscavam cada vez mais ouro e prata, a qualquer custo.
- BALANÇA COMERCIAL FAVORÁVEL: O Estado deveria exportar (vender) mais do que importar (comprar), com isso mantinha o valor da balança comercial positivo. Ou seja, entrava mais dinheiro do que saía.
- INCENTIVO A NOVAS ATIVIDADES ECONÔMICAS: Para aumentar as riquezas do país os governos incentivavam novas atividades econômicas. Mas, se todo mundo só quer vender e ninguém quer comprar, o que fazer? Portugal e Espanha, por exemplo, buscaram novos produtos em novas terras.
"O mercantilismo criou as condições necessárias para a ascensão da burguesia como classe dominante e o surgimento de uma sociedade econômica fundada em bases mais sólidas, o que permitiu a expansão e consolidação do capitalismo. Foi graças também ao mercantilismo, com suas teses protecionistas e possibilidade crescente de suprimentos, que se criaram, efetivamente, as condições para a eclosão da Revolução Industrial. É oportuno assinalar que, embora o mercantilismo tenha insistido na comercialização como base de toda a sua política, acabou, na prática, atuando exatamente ao contrário, pela forte intervenção da Coroa nos negócios. Daí que, em contrapartida, podemos definir mercantilismo como a intervenção do governo nos negócios para garantir a riqueza e o poder da Coroa. Na Inglaterra (...) sua adoção orientou o estabelecimento das colônias, a concessão de privilégios e monopólios a companhias comerciais, além do rígido controle, pelo estado, de praticamente todas as atividades econômicas." (Fonte: IANNONE, R. A Revolução Industrial. São Paulo: Moderna, 1992. p. 40.)