A Revolta da Vacina foi um confronto entre a população do Rio de Janeiro e a polícia ocorrido durante alguns dias de novembro de 1904. A causa aparente da revolta foi a obrigatoriedade da vacina contra a varíola: a população tinha receios em relação à vacina.
No entanto, a população carioca já estava vivendo situações de descontentamento com medidas autoritárias do governo, dentre elas, a destruição de casa e a desapropriação para construção de grandes avenidas (reforma urbana). Ou seja, a situação já estava tensa e faltava uma "gota d'água" para que a população desse o seu grito de revolta.
Mais detalhes sobre a Revolta: clique aqui.
Mais detalhes sobre a Revolta: clique aqui.
Para Nicolau Sevcenko a Revolta da Vacina foi um momento no qual a população, que já não aguentava mais a opressão, deu seu “...grito, uma convulsão de dor, uma vertigem de horror e indignação” (SEVCENKO, 1993, p.67). E a vacina teria sido somente um pretexto, um estopim para desencadear a revolta latente. A população vivia numa situação de opressão e marginalização causada pela sociedade urbana burguesa que pretendia entrar num novo “patamar” científico e tecnológico.
De forma diferente, José Murilo de Carvalho, descreve a Revolta da Vacina como sendo uma “revolta fragmentada de uma sociedade fragmentada”, e, o seu estopim não fora a imposição da vacina e sim o caráter moral dessa imposição: os habitantes não concebiam que as mulheres mostrassem seus corpos aos agentes de vacinação. A partir disso, surgiriam várias revoltas, com vários motivos, e, “...todos os cidadãos desrespeitados acertaram contas com o governo” (CARVALHO, 1987).
Filme sobre a Revolta da Vacina: Sonhos Tropicais
Nenhum comentário:
Postar um comentário